segunda-feira, 24 de março de 2014

O MAC sucumbiu à sua própria covardia e o Campeonato Maranhense morre lentamente a mando da FMF



 A poesia e a prosa são moradas eternas para os desenganos e infelicidades da vida. O que fazer com tamanha tristeza dentro de um peito apaixonado que bate e sucumbe lentamente no leito da morte? Chorar não afoga as mágoas e nem ajuda-nos a encontrar uma resposta satisfatória para os desenganos e decepções. Podemos até poetizar coisas que nem os versos conseguem metrificar. Mas, será na ilha desgarrada do coração ferido que a paixão maltratada irá encontrar morada.
É da natureza humana lamentar-se pelo que foi perdido. Lutar apenas quando o fim está perto. Tentar harmonizar sem nenhuma organização o que os caminhos da vida ajudaram a bagunçar. Não há vitória sem luta. As batalhas estão para serem vencidas ou perdidas. A grande diferença está na atitude diante da vitória ou derrota. Acovardar-se diante das dificuldades são trajes dos impróprios. Aceitar a derrota antes mesmo de entrar na batalha é indigno para aqueles que trazem no sangue o DNA dos guerreiros.
Aceitar pacificamente a derrota foi a premissa existente no Maranhão Atlético Clube (MAC) no Campeonato Maranhense Chevrolet 2014. O grande campeão de 2013, que desfilou a sua imponência no ano que passou, sucumbiu à sua própria falta de organização administrativa. O MAC ficou refém das desordens e apenas observou os demais times passarem à sua frente. O Bode Gregório foi indigno da presença dos seus torcedores nos estádios. A cada nova batalha uma vergonhosa derrota era anunciada. E mesmo nos empates o MAC comportou-se como derrotado, aceitando o rebaixamento para a segunda divisão do Campeonato Maranhense, mesmo antes dessa tragédia transformar-se em realidade. O MAC foi covarde e pagou o preço justo por se comportar como time de “bairro”.
Mesmo com toda a desorganização do futebol maranhense, é injusto equacionar qualquer tipo de culpa em relação ao declínio do MAC. Ao Bode Gregório cabe os desprazeres de ainda estar insepulcro, vivendo no ostracismo do seu próprio óbito. Ao MAC, externo os meus mais sinceros sentimentos de pesares. Poderia até conter-me apenas como comentarista, mas acabo expondo aqui toda a minha dor e tristeza de torcedor atleticano que sou.
Não poderia aqui apenas mencionar o MAC, sem deixar também de comentar a situação do Bacabal Esporte Clube (BEC), que em todo o Campeonato Maranhense Chevrolet 2014 somou apenas um único ponto. Em plena crise financeira e sem recursos administrativos suficientes para manter-se no campeonato, o BEC passou toda a competição sussurrando um melancólico e estrondoso grito de socorro. Apenas a Federação Maranhense de Futebol (FMF) não ouviu as súplicas do Bacabal. Assim como o BEC, o São José de Ribamar também chorou lágrimas de sangue. Entretanto, o Peixe Pedra conseguiu manter-se na “elite” do futebol maranhense.
O BEC se quer fez a última partida frente ao Araioses. Passível de punição? Claro! Mas, como punir um time que já havia sido desligado das competições realizadas pela FMF? Loucura? Já nem sei mais o que devo discernir, e ao que devo manter-me acéfalo. O futebol maranhense, infelizmente, tem proezas que a minha vã filosofia não consegue explicar. Nesses casos complexos de acefalia prefiro ficar refém da minha compreensão amiúde.
Posso até, por inquietação própria, buscar explicações para compreender a vida. Mas, nunca serei intelectual suficiente para criar uma redação para aquilo que é inexplicável. Não conseguimos expor considerações em relação ao que não conseguimos construir uma ideia sólida. Uma compreensão consistente? Infelizmente, não consigo escrever sobre aquilo que não tenho como entender.
Esperar a participação do BEC na festança da última rodada do Campeonato Maranhense Chevrolet 2014, depois de terem barrado o seu nome na portaria, é buscar na escuridão da ignorância, respostas para ratificar a total incompetência daqueles que dizem comandar o futebol maranhense.
Aqui, em poucas palavras, chego á seguinte conclusão: quem deveria ser desligada do futebol maranhense deveria ser a FMF, que antes da última rodada notícia o desligamento do BEC em relação a qualquer competição realizada pela federação. O BEC não é culpado por não ter viajado, e tão pouco pelo WO. A culpa de mais um vexame protagonizado por um placar de WO é de inteira responsabilidade da Federação Maranhense de Futebol (FMF), que comanda o futebol no estado, e nas horas vagas se dedica a fabricar os mais escabrosos excrementos esportivos que a humanidade tem notícia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário