quarta-feira, 12 de março de 2014

A crise contínua do futebol maranhense





O futebol maranhense continua mais do mesmo, parece continuar chovendo no molhado, e a cada dia as coisas continuam mais estáticas que antes. Existe uma letargia propulsora nos porões da Federação Maranhense de Futebol (FMF) e afins, que amarra o “jogo jogado” dentro de campo. É possivelmente aceitável acreditar em teorias conspiratórias que regem aos cartolas o fiasco que é o futebol maranhense. E logo em 2014, quando o nosso futebol poderia (re)viver um ano de ouro.
É claro, que as crises financeiras e administrativas têm denominações em vários fatores. A isso, soma-se a falta de incentivo por parte dos poderes públicos e a inexistência de patrocínio por parte da iniciativa privada. E em relação aos ditos “grandes clubes”, até eles sofrem com os patrocínios, sobrevivendo exclusivamente da arrecadação das arquibancadas. E tudo isso, é reflexo de um futebol mal administrado, que beira à falência e contenta-se com “migalhas” repassadas nos locais mais escuros dos porões enlameados do futebol maranhense.
O que aconteceu com o time do São José de Ribamar, que não viajou para enfrentar o Santa Quitéria na semana passada, é o reflexo da mendicância, na qual, o futebol maranhense está imerso. Jogador de futebol é um trabalhador como qualquer outro, tem as suas responsabilidades e direitos, e devem ser tratados com o mínimo de respeito possível. Fazer greve é um direito da classe trabalhadora, desde que organizada e condizente com os princípios de uma manifestação pacífica e enquadrada dentro das leis trabalhistas.
O time do São José de Ribamar deveria ser ajudado e não penalizado. Sobreviver dentro do futebol maranhense é para “gigantes utópicos”, e não é o momento de buscar a minimização desses que ainda acreditam em dias áureos para o nosso esporte do coração. Parafraseando Che Guevara: Hay que endurecer-se pero sin perder la ternura jamas!       

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