terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Vencer a “Esfinge de Tebas” não significa reinar sem prejuízos


Em transes esquizofrênicos alguém pode até comentar que ouviu vozes desgarradas afirmarem que futebol e poesia não podem seguir os mesmos trilhos. O jogo jogado dentro das quatro linhas acomoda-se dentro do diâmetro retangular da prosa, demonstrando que a literatura e a bola são amantes naturalistas que colocam as singelezas da sociedade na porta imunda da rua.
O enredo das tragédias gregas do futebol maranhense estão imergindo dos submundos utópicos das narrativas da mídia esportiva que compreende o Sampaio Correa como um time blindado. O Tubarão está fragilizado em sua essência para a temporada 2015. Os versos devem entrar em consonância para que haja harmonia no poema. Não basta apenas falar de amor, é necessário que a poesia provoque soluços efêmeros na alma. O sucesso de um time está na construção do seu elenco e não apenas em um único jogador. Ninguém nasceu para o ato sublime do heroísmo. Heróis ditos como pessoas comuns morreram junto com a dilaceração da cultura grega.
Todo esse “Ato Teatral” foi metaforicamente desenvolvido para contemplar o singelo verso: “Agora o bicho vai pegar”, da música Tropa de Elite, da banda Tihuana. A “Esfinge de Tebas”, personificada no Sport Clube Pernambucano, colocará diante do Sampaio Correa os mais complexos enigmas, que serão desvendados com a união e sabedoria de 11 “Édipos”, que terão a oportunidade de tornarem-se reis ou sucumbirão ao faminto desejo de carne humana da esfinge.
A sorte ou a competência está lançada. Na tragédia grega, Édipo desvenda o enigma da esfinge e a profecia do Oráculo cumpre-se; com Édipo matando o próprio pai e esposando a mãe. A tragédia maranhense também pode seguir o mesmo enredo: o enigma da esfinge é desvendado, cumprindo-se assim, a profecia - o Sampaio Correa matará seu pai e esposa sua mãe.
Enterrará deitado de bruços a aceitação da necessidade de reforços contundentes e experientes. Será um sepultamento proposital, que tal qual descrevemos, não dará chances ao defunto, se acaso ele despertar. Dos pecados o menor. Esposar a mãe, não seria assim, uma prática execrável, pois, ao menor sinal de perigo a torcida(mãe) cansará desse casamento de joguetes que servem todos os lados, menos a parte mais interessada: os torcedores do Sampaio Correa.

Que venha o primeiro grande confronto na Copa do Nordeste. Que os “Deuses” estejam conosco. Que gostem de futebol, principalmente o maranhense, pois uma pouco de superstição não é condenável.

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