A história
tem mostrado no decorrer dos séculos que atos bizarros são premissas para
grandes ruínas. Muitos homens destruíram seus patrimônios e levaram seus
comandados aos escombros por caprichos ou alianças covardes que julgavam ter a
mão firme das batalhas.
Muitas
atrocidades foram realizadas, vários povos sucumbiram por vaidade de seus líderes
e inimigos juraram-se até a morte, pois, a dignidade humana e a honra naquele
período não aceitavam que um simples aperto de mão pudesse ser dado entre
pessoas que se odiavam.
Ao passar
dos séculos as coisas foram mudando, a história foi sendo reescrita e os
inimigos foram ficando mais íntimos. Ainda assim, com muito custo, fui sendo
testemunha de fatos exclusos e nebulosos que a política veio me apresentando diariamente.
Nunca
imaginei ouvir de um homem público, que a única coisa que ele ainda tinha visto
na vida política foi “VACA VOAR”.
Pois é, o sr. Castelo certa vez bradou essa pérola, quando perguntaram para ele
em certa ocasião se poderia ou não aliar-se a Sarney.
Comentários
esdrúxulos e debochados como este fazem parte do mundo vil da política
maranhense. O nosso Estado está cada vez mais enlameado e imerso em uma areia
movediça que nos puxa cada vez para baixo. É triste acompanhar os noticiários,
pior, é assistir ao Horário Eleitoral Gratuito. São impropérios que jorram como
loto de uma sarjeta que não cessa em expurgar excrementos.
Mesmo com
todo esse enredo em fase avançada de putrefação, ainda assim, por ingenuidade
ou falta de análise técnico-política, nunca imaginei ver um candidato do PSDB,
nascido e criado no berço da Ditadura Militar, filhote do coronelismo e da
espúria da política nacional, pedir à Justiça Eleitoral direito de resposta por
achar-se mais “amigo” ou parceiro político de um membro do PT. Logo o PT,
partido que nasceu no final da Ditadura Militar e que ao longo da sua
existência combateu os desmandos e denunciou as atrocidades do período de exceção.
Esse membro
do PT, também não é qualquer um, é a Excelentíssima Senhora Presidenta da
República, Dilma Roussef. Mas, mesmo com essa justificativa, toda essa celeuma
grita no mínimo ridícula em meus ouvidos. Quando, em algum dia, eu iria ver
alguém do PSDB agarrar-se com tanta força como agora em uma personalidade
petista. É incoerente, injustificável, sórdido, covarde e boçal.
Em outrora,
inimigos eram inimigos e sequer cumprimentavam-se. Atualmente, inimigos são
amigos íntimos que se distanciam ou aproximam-se conforme os seus interesses.
Essa realidade transforma a nossa política em algo cada vez mais enojador e
ridículo. Aos que têm coragem de sujar as suas mãos, ou abraçar de forma
fraterna o inimigo, as portas da política partidária estão abertas.
Viva aos
falsos, mas que não os alcunhem de Judas, pois esse talvez nem mereça ser
comparado a alguns personagens dessa epopéia delirante que é a política suja e
vil em seu mais singelo grau.
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