quarta-feira, 24 de outubro de 2012




          Volto a escrever em blog, neste irei fazê-lo sem nenhuma preocupação com o que irei colocar na tela do computador. Mas, posso garantir que as pessoas que tiverem a oportunidade de ler, irão gostar das pequenas crônicas que farão parte do dia a dia desse espaço. Obrigado pela preferência e boa leitura a todos vocês, sinceros amigos.

Insepulcros zumbis

As ruas estão repletas de zumbis
que amontoam-se em busca de sobrevidas.
A carnificina é vista aos olhos da sociedade,
que, tal qual, a hiena, sorrir dos insepulcros.

A hipocrisia é o néctar da sociedade
dissimulada e autofágica.
Os olhos que enxergam as flores
fazem questão de ignorar os espinhos.

E assim a humanidade caminha
com o discurso dos iluministas,
mas com a prática simples e feroz
do manto sagrado do egoísmo.

Os insepulcros querem ser observados.
A sociedade pode salvar os zumbis
que vagam transtornados pelas madrugadas.

O homem é o seu maior algoz.
Ele acredita ter o poder de decidir o fim.
Salvem, por favor, os insepulcros,
pois, eles ainda não viraram zumbis,
na verdade, a sociedade assim os definiu.

Um anjo provou o néctar do mal
e fez do paraíso o mais fervoroso dos infernos.
A compaixão divina o perdoou
e, mostrou-lhe que as lágrimas
podem transforma-se em sorriso.

Angelical e divino.
Insepulcros zumbis,
também podem viver no paraíso e inferno,
depende dos olhos que os observam,
e o perdão, esse poucos corações podem ordenar.

Nielsen Furtado
(Jornalista)

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