Enfrentar o
adversário sem acovardar-se, tendo a certeza da igualdade de forças no fronte
de batalha, permeia as conquistas mais significativas daqueles que acreditam no
trabalho desenvolvido. O sonho de acesso à Primeira Divisão do Campeonato
Brasileiro ainda é um norte perseguido com enorme ganância pelo Sampaio Correa.
É notório, que diante de uma batalha tão grande e cheia de obstáculos, alguns
tropeços são inerentes no caminho que o “Tricolor Maranhense” ainda terá que
percorrer. Nem sempre é possível alcançar a vitória, mas a luta e entrega de
todos deve ser sempre colocada à frente das críticas, principalmente quando
essas são pejorativas. O Sampaio Correa está de parabéns por representar de
forma brilhante o Estado do Maranhão.
A torcida
maranhense é um show à parte e, leva o time maranhense a quebrar recordes de
públicos em todas as divisões do futebol maranhense. Nenhum outro time do
Brasil conseguiu manter a média de público do Sampaio Correa, e essa realidade,
dar-se pelo trabalho que vem sendo realizado, se com excelência, essa é outra
questão de devemos discutir em outro espaço. Pela presença em jogos do Tricolor
Maranhense, dentro e fora do Estado, é que a torcida “boliviana” deveria ter
ratificado o respeito necessário por parte de quem administra o futebol
maranhense. É inadmissível o desrespeito corriqueiro dispensado aos torcedores
maranhenses, e neste ensejo, englobo todos os torcedores do Estado. Não podemos
mais aceitar o atos embusteiros de forma tão pacífica. Devemos gritar contra as
ações desonestas tramadas nos porões do Estádio Castelão. É inaceitável a
apresentação de público e renda inversamente proporcionais ao visto
publicamente nos jogos realizado aqui em São Luís. O povo não é tolo, e o
protesto da torcida tricolor no jogo Sampaio e Vasco, quando do anúncio da
renda e do público pagante, foi um exemplo do poder de percepção dos torcedores
maranhenses. Aprendemos a dimensionar espaços, mas parece que ainda não temos a
combatividade de cobrar mais energicamente as diversas tentativas de nos
transformarem em acéfalos.
O jogo
ocorrido nesta terça-feira, 23, entre Sampaio e Vasco, deu demonstrações que
ainda não estamos preparados para organizar eventos de tal magnitude. Ainda
impera aqui no Maranhão, o “jeitinho brasileiro”, aquele faz de conta que tudo
é uma bela e promissora festa. Aqui, mais que em qualquer outro lugar, existe o
favorzinho em prol do favorzão. Alguns se vendem por pouquíssimos favores e
acabem delegando poderes, que a priori seriam seus, para pessoas despreparadas
e egoístas, que detém apenas do poder econômico e influência política. Qualquer
um que tenha o mínimo de poder no Maranhão, tem acesso a favores inimagináveis.
Qualquer pessoa que pense em mandar um pouco no Maranhão, é bajulado de forma
desprezível por quem comanda o futebol maranhense.
A
distribuição desenfreada de cortesias está tão acintosa, que o Setor das
Cadeiras do Castelão estava superlotada, forçando torcedores a sentarem-se no
chão. Muitos dos que ali estavam compraram ingressos a preços impraticáveis.
Era vergonhoso observar aquela situação de desrespeito. O Setor das Cadeiras
está transformando-se em cabide de cortesias. Os critérios para a distribuição
dessas vantagens, se assim posso dizer, não são desconhecidos e, fica a
sensação que qualquer pessoa que tenha o mínimo de influência em saiba lá o
que, está inserida em um seleto grupo detentores dos favores dos comandantes do
futebol maranhense. Por que distribuição de cortesias para membros da Polícia
Militar do Maranhão? Para políticos em campanha? Essas questões apenas para
citar alguns exemplos.
É necessário
que respeitem mais o torcedor que compra ingressos, colabora com o seu time de
coração, faz com que o espetáculo tenha cor e som. Não devemos aceitar mais
esses acordos fúnebres acertados nos porões do “Comando Geral” do futebol
maranhense. Respeitem o torcedor, sem ele o Castelão é apenas um estádio sem
brilho e sem emoção.
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